SERRA DO MEL: PREFEITO INDICIADO POR MORTE DO PRESIDENTE DO PT
Esdras Marchezan
Da Redação
Da Redação
Em agosto, a Polícia Civil indiciou oito pessoas por envolvimento na execução do presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Serra do Mel, Ednaldo Filgueira, 36 anos, morto na noite de 15 de junho deste ano na frente do "Jornal Serrano", de sua propriedade, no município da Serra do Mel. Entre os acusados, nenhum mandante. Mas o delegado Odilon Teodósio - responsável pelo inquérito policial - deu continuidade à investigação e só encerrou o caso no fim do mês passado, depois de indiciar o homem acusado de mandar matar Ednaldo: Josivan Bibiano de Azevedo, prefeito da Serra do Mel.
Odilon Teodósio disse, em entrevista ao DE FATO, que durante a
segunda etapa da investigação a Polícia conseguiu elementos suficientes para
comprovar a autoria intelectual do homicídio por parte do prefeito. "Nessa
segunda parte só ele (prefeito) foi indiciado. É dele a autoria intelectual do
homicídio. Os outros (indiciados na primeira etapa da investigação) participaram
da logística e da execução", disse o delegado, que assumiu recentemente a
Divisão de Polícia do Oeste (DIVIPOE).
Por ser prefeito e possuir foro
privilegiado, Josivan Bibiano só pode ser denunciado criminalmente pelo
procurador-geral de justiça Manoel Onofre Neto, para quem os autos da
investigação já foram enviados pelo promotor da 1a. Vara Criminal de Justiça de
Mossoró, Armando Lúcio Ribeiro. Os demais acusados serão todos processados pelo
crime na 1a. Vara Criminal de Mossoró.
Ednaldo Filgueira foi executado com vários tiros. Ele era opositor político do prefeito da Serra do Mel e costumava denunciar através do Jornal Serrano, na edição impressa e no blog do jornal. Desde o crime, a principal linha de investigação da Polícia era motivação política para o assassinato. A morte do presidente do PT da cidade repercutiu em sites nacionais e internacionais, principalmente pela suspeita de que a execução estivesse relacionada à sua atuação jornalística.
O procurador-geral de
justiça disse que tomou conhecimento do assunto ontem, ao chegar de evento em
Brasília. "Já foi aberto o processo de investigação e pedi algumas diligências",
disse Manoel Onofre. Após as diligências, o procurador decide pela denúncia
criminal do prefeito ou pelo arquivamento da investigação.
Em outubro, o
prefeito ingressou com um pedido de habeas corpus preventivo na 1a. Vara
Criminal de Mossoró. O habeas corpus preventivo é um recurso jurídico com a
intenção de trancar uma ação penal e evitar uma possível prisão. "Mas estranhei
esse pedido, porque ele deveria ser feito no Tribunal de Justiça, já que o
prefeito possui foro privilegiado. Meu parecer foi dado declarando a
incompetência para julgar esse processo. Ele deve ser analisado pelo corpo do
Tribunal", disse o promotor Armando Lúcio Ribeiro.
fonte: Jornal de Fato
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ele chorou muito no velório será que foi de cupa.
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