Débora Rodrigues dos Santos, conhecida nacionalmente como "Débora do Batom", foi condenada a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão proferida no mês de abril de 2025. A sentença está relacionada à participação dela nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
Durante a invasão às sedes dos Três Poderes, Débora ficou conhecida por escrever a frase “Perdeu, mané” com batom vermelho na estátua da Justiça, em frente ao Supremo Tribunal Federal. A imagem viralizou e virou símbolo da depredação ao patrimônio público.
Segundo informações do site Robson Pires – O Xerife, Débora foi condenada pelos crimes de:
- Associação criminosa armada
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Tentativa de golpe de Estado
- Dano qualificado
- Deterioração de patrimônio tombado
A pena inclui também uma multa de R$ 50 mil.
O julgamento foi dividido, mas a maioria dos ministros acompanhou o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que defendeu a pena máxima. A ministra Cármen Lúcia e o ministro Flávio Dino votaram no mesmo sentido. Já o ministro Cristiano Zanin sugeriu uma pena de 11 anos. O ministro Luiz Fux foi ainda mais brando e propôs apenas 1 ano e 6 meses, considerando apenas o crime de dano ao patrimônio.
Débora foi presa preventivamente em março de 2023 e permaneceu encarcerada até março de 2025, quando passou ao regime de prisão domiciliar, monitorada por tornozeleira eletrônica. Ela está proibida de conceder entrevistas e de usar redes sociais.
Apesar da condenação, com o tempo já cumprido e os benefícios legais por bom comportamento, é possível que ela não precise retornar ao regime fechado. Isso dependerá do trânsito em julgado da sentença e da análise final do STF.
Comentários
Postar um comentário