Pular para o conteúdo principal

QUADRO DA PRODUÇÃO DE LEITE BOVINO NO RN



    Imagem Interna
    Os números da produção de leite no Rio Grande do Norte e o quadro dos últimos anos, com o declínio do Programa do Leite, foram apresentados aos dirigentes da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Norte (Sindileite), Sindicato Dos Produtores De Leite, Carne e Derivados (Sinproleite), e representantes do Banco do Nordeste, nesta sexta-feira (27), na sede do Sebrae, em Natal.

    Na ocasião, os engenheiros agrônomos e técnicos do Sebrae/RN, Fernando Viana Nobre e Manoel Pereira Neto, apresentaram o relatório “A Produção de Leite Bovino no Rio Grande do Norte”. Trabalho desenvolvido pelo Sebrae a pedido da Federação da Agricultura do RN, o calhamaço é  um diagnóstico do setor leiteiro do estado nos últimos 17 anos. Do início do Programa do Leite no governo Garibaldi Alves, até os dias de hoje.

    Na pesquisa, os técnicos do Sebrae mostram que no início do projeto (em abril de 1995) existia um acordo para que o produtor de leite recebesse 60% do valor repassado aos laticínios. Com os anos, esses números foram caindo e o produtor foi deixando de observar as vantagens do programa governamental. “Antes, o Programa do Leite era uma boa fonte para os inúmeros produtores rurais. Atualmente, com o litro de leite sendo pago ao produtor pelo Governo estadual a R$ 0,80 não é mais vantajoso. E foi isso que observamos nesse relatório: Um declínio nos valores pagos pela administração estadual”, ressaltou José Álvares Vieira, presidente da Faern.

    Quadro negativo    

    No relatório apresentado pelos técnicos do Sebrae aos produtores e industriais do leite, um ponto chamou a atenção de todos. “A questão dos insumos na produção leiteira é fundamental para entender que os preços pagos pelo Programa do Leite merecem uma reformulada”, afirmou Lirani Dantas, presidente do Sinproleite.

    Na pesquisa de Fernando Viana e Manoel Pereira Neto consta que ao se comparar o aumento percentual dos preços dos insumos e serviços com o do preço do leite, no período de julho de 1995 a março de 2012, verifica-se uma diferença de 397,99%; ou seja, o valor dos insumos e serviços elevou-se quase quatro vezes mais que o ocorrido no preço do leite. “Some esses valores cobrados nos insumos e acrescente a inconstância nos pagamentos do leite, por parte do governo estadual e as irregularidades climáticas, e você verá um quadro negativo para os produtores potiguares”, informou Fernando Viana.

    Ainda de acordo com a pesquisa dos técnicos do Sebrae/RN, a perda de atratividade do preço do leite para o produtor do estado, que até 2006, recebia em média 19,9% a mais por litro, quando comparado ao valor médio pago aos produtores de outras regiões do Brasil, é um dos fatores que poderá levar ao abandono do projeto governamental. “Agora em março, o produtor potiguar recebeu, em média, 3,53% a menos que o preço médio praticado no restante do Brasil”, informou Fernando Viana.

    De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, o governo deve observar tudo isso para melhor administrar o Programa do Leite “Acredito que a governadora é sensível ao problema dos produtores rurais. Sabe que sofremos muito com essa defasagem nos preços pagos e tomará medidas para solucionar essa questão”, ressaltou Vieira.

    União da categoria

    Na reunião, o presidente do Sindileite, Francisco Neri, informou que a administração estadual deve fazer a sua parte, mas os produtores e proprietários de usinas de beneficiamento do leite também devem se unir e formar um grupo para melhor reivindicar os seus pleitos. “O governo deve investir na melhoria do Programa do Leite, mas o produtor e o usineiro também devem fazer o seu papel. Devemos se unir e estudar sempre um modelo de gestão integrada. Sem isso, nossa categoria irá minguar”, explicou Neri.

FONTE: SENAR/RN

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

DÓLAR DISPARA

  O dólar voltou a fechar em alta nesta sexta-feira (1°), desta vez no segundo maior valor nominal da história (descontada a inflação):  R$ 5,8698.  No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde. Em meio às turbulências econômicas no Brasil e no mundo,  o dólar acumula alta de 20% em 2024.   O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, fechou em queda. Nesta semana, investidores esperavam definição do governo federal sobre o corte de gastos previsto para este fim de ano, o que não aconteceu. A equipe econômica busca cumprir a meta de déficit zero para as contas públicas em 2024. O mercado financeiro espera que esse pacote indique cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta semana entender a “inquietação” do mercado, e que vai apresentar cortes. Mas disse também que não há data para a divulgação dos planos, e que a decisão de...

NATAL: PESQUISA ELEITORAL

  Pesquisa do instituto Real Time Big Data para a Prefeitura de Natal (RN), encomendada pela  RECORD  e divulgada nesta quinta-feira (26), indica Carlos Eduardo (PSD) à frente da disputa, com 40% das intenções de voto no levantamento estimulado, quando uma lista com os possíveis candidatos é apresentada aos eleitores. Na sequência, aparece Paulinho Freire (União Brasil), com 28%, em empate técnico com Natália Bonavides (PT), que tem 22%. Rafael Motta (Avante) aparece com 3%. O levantamento foi realizado com 1.000 entrevistados, entre os dias 24 e 25 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa, registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número RN-08348/2024, tem um nível de confiança de 95%. Heitor Gregório 

NATAL: PESQUISA EXATUS

 Pesquisa do Instituto Exatus Portal de Notícias AGORA RN divulgada neste sábado 26, mostra que considerando apenas os votos válidos, ou seja, aqueles votos que serão computados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o resultado do segundo turno das eleições municipais em Natal, Paulinho Freire aparece com 56,59% e Natália Bonavides, com 42,98%. A pesquisa, encomendada pelo portal de notícias AGORA RN, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número RN-01805/2024. Para isso, foram ouvidos 1.000 eleitores nos dias 22 e 23 de outubro, conforme a proporção do eleitorado por zona eleitoral, bairro de moradia, sexo, faixa etária e escolaridade. A margem de erro é de 3,1%, para mais ou para menos, com 95% de confiança. DECISÃO DO VOTO Foi perguntado ainda aos entrevistados se eles já estavam decididos sobre o seu voto, ou se ainda poderiam mudar até o dia da eleição. Dos 1.000 ouvidos, 90,3% disseram já ter seu voto decidido, enquanto 4,6% afirmaram que ainda poderi...