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RN: O "APEQUENAMENTO" DO PMDB

PMDB
Se, em 2013, alguém me dissesse que o PMDB estaria, dois anos depois, num processo de “apequenamento” tão grande quanto este, tendo que aderir ao governo de Carlos Eduardo e abrir mão da candidatura própria a Prefeitura de Natal, eu não acreditaria. O Diretório Estadual tinha o presidente da Câmara Federal, terceiro homem da República; o ministro da Previdência Social; cinco deputados estaduais; três vereadores em Natal; mais de uma centena de prefeitos no Rio Grande do Norte e havia saído, fortalecido, de uma disputa aparentemente fácil (para Carlos Eduardo) pela Prefeitura de Natal.
PMDB II
Para 2015, tudo mudou. Derrotado na disputa pelo Governo do Estado, fora da gestão federal e sem a Federação dos Municípios (presidida há anos pelo braço direito dele, Benes Leocádio), Henrique Alves se viu sem espaço para acomodar os seus e passou ocupar os gabinetes de Walter Alves e Garibaldi Filho.
PMDB III
Garibaldi, por sua vez, aceitou abrir mão de disputar a Presidência do Senado na tentativa de ganhar apoio do PMDB na indicação de Henrique para o Ministério do Turismo, diminuindo a “sofrência” do ex-candidato a governador do Estado.
PMDB IV
E o pior é que o cenário que se desenha para o PMDB no RN não é dos melhores. Sem disputar a Prefeitura de Natal para apoiar o PDT, a sigla poderá chegar ainda mais fraca para a disputa pelo Governo do Estado em 2018. E talvez não dispute, sendo engolida, talvez, por um Carlos Eduardo forte pela reeleição em 2016, forçando um arranjo para colocar Henrique como deputado federal e Walter voltando a Assembleia ou na condição de vice do primo segundo. Se Carlos Eduardo perder em 2016, a situação fica ainda pior.
PMDB V
Diante disso, o clima do PMDB é de incerteza. O futuro é incerto. E, quem diria, a família Alves poderia ter hoje o governador do Estado, aliado ao prefeito de Natal, a presidência da Femurn, um deputado federal, cinco estaduais e um senador candidato a presidência do Senado.
DEMOCRACIA?
Por sinal, quem acredita em democracia num partido governado há décadas por uma mesma família, pode acabar enganado igual ao ex-vereador Professor Luiz Carlos. Integrantes dos quadros do PMDB, ele foi um dos que criticou as decisões partidárias unilaterais de apoiar e financiar candidaturas de outros partidos, em nome do “acordão” e não os próprios peemedebistas. Em 2014, a candidatura dele a estadual teve o apoio financeiro de apenas R$ 40 mil, enquanto outros nomes, de ex-adversários de Henrique, receberam mais de meio milhão de reais.

TÚLIO LEMOS

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