RN: A VOLTA DA FIGURA DA PRIMEIRA-DAMA

Há 12 anos o Rio Grande do Norte tirou de cena a figura de primeira-dama do Estado.

A função, com compromissos voltados para o social, ocupada mais recentemente por Anita Catalão Maia, Edinólia Melo e Denise Alves, que presidiram o extinto Meios, órgão que cuidava de programas sociais do governo, praticamente se extinguiu com a eleição de Wilma de Faria para o governo.

Foram 7 anos de gestão, onde o mandato que foi concluído pelo seu vice Iberê Ferreira, não trouxe de volta a figura emblemática, já que a esposa de Iberê, Celina, enfrentava problemas de saúde.

O Estado continuou sem primeira-dama com a eleição de Rosalba Ciarlini, quando se fortaleceu a figura folclórica de primeiro-damo.

Passado todo esse tempo, eis que o Rio Grande do Norte elege um homem para o governo, e junto a ele, traz de volta a figura da primeira-dama.

Julianne Bezerra Faria.

Seridoense, formada em Direito e Análise de Sistemas, com especialização em mãe, esposa, mulher discreta e dona de uma fortaleza até então dividida com os poucos amigos, Julianne se revelou durante a campanha, quando se transformou em gigante.

Quem é a nova primeira-dama do Rio Grande do Norte, mãe de Maria Fernanda, Maria Luíza e Gabriel, que do alto do seu silêncio, se multiplicou e se transformou em muitas?

Nomeada para comandar a Secretaria de Trabalho e Assistência Social, com o objetivo de transformar a pasta em Modelo na gestão do marido governador, Julianne recebeu o Blog para sua primeira entrevista depois que assumiu todos os problemas ligados às áreas sociais do Estado.
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Fotos Anderson Santos

Eis a entrevista.

Thaisa Galvão – Para você, qual o significado do cargo de primeira-dama?
Julianne Faria – Auxiliar Robinson. Manter uma imagem positiva do governo, a gente não deixa de ser um ouvido, e procurar colaborar o máximo possível para o sucesso do governo em todas as áreas.

Thaisa Galvão – Aquela imagem tradicional de primeira-dama com muito glamour, isso passa pela sua cabeça?
Julianne Faria – Não. Não combina com a minha personalidade, você me conhece bem. Eu quero mais é participar com meu trabalho, na forma administrativa, e quando eu for solicitada a estar ao lado dele, eu estarei.

Thaisa Galvão – Você se preparou para isso?
Julianne Faria – Eu me preparei. Essa questão de Robinson ser governador, ser presidente da Assembleia, que ele foi por 8 anos, isso pra mim faz parte de um tempo que você executa aquilo ali que é uma passagem. Então não mexe com minha cabeça não, eu encaro com muita naturalidade.

Thaisa Galvão – Como você se preparou para ajudar a Robinson no Governo?
Julianne Faria – Ao longo desses anos todos eu sempre participei sendo um ouvido de Robinson em todos os processos em que ele passou na vida pública. Eu nunca interferi no trabalho dele, mas sempre fui o ouvido. Então eu fui pegando uma certa experiência, conhecendo, conhecendo a política de uma forma geral, fiz a campanha ao lado dele, e agora quando veio a transição do governo, e a Sethas estava com uma imagem muito decadente, que tinha deixado de ser aquela Secretaria que foi há um tempo, embora a gente saiba que a Sethas não trabalha mais com assistencialismo e sim com programas, ele me pediu para fazer a transição e eu digo que fiz uma especialização que eu tive que fazer em 2 meses, mas que para mim foi muito bom. Porque eu tomei pé de como realmente funciona a Secretaria e o que ele quer que se torne a Secretaria. Ele disse que quer fazer da Sethas a Secretaria modelo do Governo. Então a gente está trabalhando pra isso.

Thaisa Galvão – Robinson diz que sonhava ser governador. Você acompanhava esse sonho, focando em qual seria o seu papel?
Julianne Faria – Eu nunca pensei muito no meu papel. Eu sempre pensei muito em ajudá-lo a conseguir realizar os sonhos. Porque a gente tem que admirar a pessoa que está ao nosso lado, e essa pessoa só vai estar realizada quando ele faz aquilo que gosta. E ele ama a vida pública.

Thaisa Galvão – Foi difícil pra você aceitar o cargo de secretária de Assistência Social? Você parou pra pensar ou aceitou de pronto?
Julianne Faria – Eu parei pra pensar. Eu cheguei a ter uns questionamentos com ele, se ele tinha certeza que realmente queria que eu ocupasse esse cargo, se ele não teria outra pessoa, mas ele optou pelo meu nome por eu ter uma postura mais dura,. Até porque eu disse a ele: ‘Robinson eu não sou política, então eu não vou ter tanto jogo de cintura como uma pessoa que está mais dentro da política há mais tempo teria. Porque eu vou querer que as coisas funcionem de forma correta, e ele disse que realmente era isso o que ele estava buscando. Então eu procurei montar minha equipe, desde a minha secretária adjunta, que eu conheci um por um, em cada setor que está aqui dentro da Secretaria, que tem o critério técnico. Então minha adjunta é secretaria em mesmo grau de paridade que eu e ela obedece a todos os critérios técnicos. Então além da parte administrativa eu posso ajudar na parte política da Secretaria e ela na parte técnica.


THAÍSA GALVÃO

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