O Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) anunciou, no dia 15 de julho de 2025, a abertura de uma investigação formal contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais, com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA.
A apuração atinge áreas estratégicas como comércio digital, serviços de pagamento eletrônico, acesso ao mercado de etanol, além de possíveis favorecimentos tarifários a outros países. O USTR também aponta preocupações com desmatamento ilegal e proteção à propriedade intelectual, que estariam prejudicando produtores e empresas norte-americanas.
A medida surge em um contexto de tensão crescente entre os dois países. Uma semana antes, o ex-presidente Donald Trump — agora novamente no cargo — anunciou que irá aplicar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, citando desequilíbrios comerciais e decisões judiciais brasileiras que teriam prejudicado empresas dos EUA.
O governo brasileiro, por sua vez, classificou a investigação como uma “interferência política inaceitável disfarçada de questão comercial” e anunciou que poderá recorrer à Lei de Reciprocidade Econômica, recentemente sancionada, que permite medidas imediatas de retaliação.
A primeira audiência pública sobre o caso está marcada para o dia 3 de setembro, e o prazo para envio de manifestações à USTR termina em 18 de agosto.
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