Representantes da indústria brasileira se reuniram nesta terça-feira (15/07), em Brasília, com membros do governo federal para pedir cautela na resposta às tarifas de até 50% anunciadas pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais.
Durante a reunião, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), liderada por Ricardo Alban, solicitou que o governo não adote medidas de retaliação imediata. Segundo Alban, o momento exige prudência, uma vez que a relação comercial entre Brasil e EUA é considerada estratégica e complementar. Ele também alertou para os riscos de contaminação política no debate.
A indústria propôs ainda o adiamento da entrada em vigor das tarifas por 90 dias — atualmente prevista para 1º de agosto —, a fim de permitir tempo para negociações técnicas. Estima-se que, caso as tarifas se concretizem, o país possa perder até 110 mil empregos, além de sofrer impactos diretos no PIB.
Estiveram presentes representantes de diversos setores, como aviação, calçados, têxteis, máquinas, alumínio e siderurgia. Entre os executivos, participaram nomes como Francisco Gomes Neto (Embraer), José Velloso (Abimaq), Haroldo Ferreira (Abicalçados), Fernando Pimentel (Abit), Cristina Yuan (Instituto Aço Brasil), entre outros.
O governo, por sua vez, publicou nesta terça-feira o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, instituindo um comitê interministerial para coordenar a resposta comercial brasileira, sob liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Fonte: Blog do Robson Pires
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