ESPECIALISTA FAZ ALERTA COM RELAÇÃO AS EMPRESA DE MARKETING MULTINÍVEL (MMN)

Reportagem da edição deste domingo do Novo Jornal aborda mais uma vez as empresas de marketing multinível (MMN), que são uma febre no país e no Rio Grande do Norte atualmente. Aqui no estado já são, pelo menos, 60 mil pessoas no negócio e algumas delas faturando valores altíssimos, como o ex-estudante de administração, Daniel Fernandes, que diz ter rendimentos mensais na casa dos seis dígitos. Na visão do economista e professor universitário Cláudio Barbosa, porém, investir em MMN não é uma tarefa fácil e requer muito estudo.
“Dinheiro fácil sempre traz problemas. Ganhos fáceis, supostamente sem riscos, não surgem por milagre. A situação é muito mais complexa. Não aconselho de maneira alguma a quem não tenha conhecimento técnico do material a ser vendido e noção do mercado de vendas”, afirmou o economista.
Barbosa alerta também para a legalidade dessas empresas, que, segundo ele, não possuem autorização para dizer que é investimento o dinheiro que as pessoas colocam nelas. “Essas empresas não têm o direito legal [...] Isso só é feito por quem tem autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”.
O jornal levou até o economista os contratos de adesão das três principais redes de MMN – Telexfree, BBOM e Multiclick – para ser feita uma análise dos termos. Cláudio Barbosa apontou que as três empresas têm contratos com mais obrigações do que direitos e que são feitos para segurar no negócio quem estiver entrando.
O economista finaliza afirmando é provável que as empresas de MMN estejam cometendo um crime contra a economia popular.
“Sou muito preocupado com a economia popular. E tudo indica que essas empresas estão cometendo um crime contra ela. Sei de relatos que pessoas por todo o interior do estado estão tirando dinheiro de suas poupanças e fazendo empréstimos para entrar no marketing. Esses grupos saem atuando de lugar em lugar aplicando as mesmas fórmulas e incluindo muita gente”.


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