COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE

O deputado Henrique Alves reuniu alguns de seus deputados eleitos pela coligação para conversar sobre segundo turno. De acordo com a assessoria de imprensa de Henrique e de João Maia, a reunião foi marcada pelo “entusiasmo e confiança com a vitória”.
SEMBLANTE
Pela foto enviada a imprensa pela assessoria, pode ter havido de tudo naquele encontro, menos entusiasmo e confiança. O semblante fechado dos participantes revelava que o clima não era muito bom e os temas discutidos não inspiravam tanta ‘confiança’ assim.
MUDANÇA
O fato é que a campanha de Henrique não levava em consideração a possibilidade de não vencer em primeiro turno. Tudo foi planejado e executado para conquistar a vitória no dia 5. Após o resultado, o clima foi de derrota e não de vitória, como querem aparentar as lideranças ligadas ao candidato do PMDB.
ZERADO
Segundo turno é uma nova campanha, com fatos e circunstâncias inerentes ao novo momento. Aparentemente, o jogo começa do zero a zero, apesar da vantagem numérica de Henrique no primeiro turno. E uma nova campanha qualquer um pode ser o vitorioso. Candidato não pode ser subestimado.
CLIMA
Enquanto nos bastidores de Henrique o clima é de derrota, na campanha de Robinso o clima é de vitória. Porém, o pai de Fábio não pode cometer o mesmo erro que seu adversário cometeu no primeiro turno: subestimar o contendor. Henrique é forte, tem uma megaestrutura, dispõe de recursos em abundância e impôs uma maioria de quase 80 mil votos. Portanto, quem quiser comemorar antes do tempo, corre o risco de chorar e ver o adversário comemorar a vitória.
ADESÃO
O prefeito de Pau dos Ferros anunciou adesão a Robinson Faria. Fabrício Torquato queria apoiar o pai de Fábio desde o primeiro turno, mas seguiu a orientação partidária e o compromisso com o deputado Getúlio Rego. Votou e apoiou o pai de Leonardo e agora se viu livre para tomar outra posição. Mas houve reação.
REAÇÃO
Houve duas reações à atitude de Fabrício: uma política e outra agressiva. O filho de Getúlio, Leonardo, foi agressivo com Fabrício e até o chamou de traidor. Grosso e desnecessário tratamento com aliado. Getúlio foi mais respeitoso e fez o discurso político, anunciando que seu candidato, Henrique, venceria o segundo turno no município.
AGRESSÃO
A agressividade de Leonardo Rego foi desproporcional ao fato. Afinal, a posição de Fabrício vai ao encontro de seus eleitores, que não queriam votar em quem tentar derrotá-los e tentará no futuro também. A posição de Leonardo vai de encontro ao seu eleitorado, que não aceitou a aliança dele e de Getúlio com o tradicional adversário em Pau dos Ferros. O resultado do pleito mostra exatamente isso. Não adianta brigar com os números.
CONVERSA
A ex-governadora Wilma de Faria não digeriu a derrota no último domingo. Muito menos os motivos da lavada que levou de Fátima Bezerra. Pessoas ligadas ao núcleo familiar da guerreira, dizem que, pelo menos por enquanto, ela não quer nem ouvir falar em pedir votos para Henrique no segundo turno. Pode até mudar com um particular generoso de Henrique, mas o clima é de distância do pleito.
DEPOIMENTO
O doleiro Alberto Yousseff já falou à Polícia Federal sobre o esquema de propina na Petrobras, ao longo dos anos. Esse depoimento reforça o que já havia dito o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, de que o esquema financiou o bolso de muitos políticos. Se o conteúdo dos depoimentos vazar, a campanha do segundo turno no RN só terá um candidato.
FORTALECIMENTO
O senador José Agripino se fortalece com o crescimento e a possibilidade de vitória do mineiro Aécio Neves. Como coordenador da campanha, o pai de Felipe poderá ser o que sempre sonhou: ministro de Estado de um eventual Governo tucano.
PARABÉNS!
Hoje é dia de parabenizar o decano do jornalismo potiguar, João Batista Machado, nosso Machadinho. Avesso a badalações, o escritor e grande figura humana se esconde para não saber de festa ou receber parabéns. Mas o registro está feito.
NOME
O prefeito de Mossoró, Francisco José Jr., estranha que aqui em Natal, parte da imprensa o trate como Silveira Jr. ou Silveirinha. Segundo ele, na cidade que administra, ninguém o conhece pelo apelido, mas somente pelo nome Francisco José JR.

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