COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS

A não divulgação, pela Inter TV Cabugi, da pesquisa Ibope para o Governo do RN, gerou uma onda de boatos nas redes sociais. Muitos diziam que havia a força de Henrique, como sócio da emissora, para evitar a divulgação, pois os números lhe seriam desfavoráveis. O objetivo seria evitar a influência e a repercussão durante todo o sábado.

DIVULGAÇÃO

A direção da emissora alega que a não divulgação foi motivada pelo fato de que o Ibope precisou ouvir mais eleitores para saber a influência que o debate da Globo causou. O fato é que, em outros Estados, houve o debate no mesmo dia do RN e a pesquisa foi divulgada na noite de sexta.

DÚVIDA

A divulgação do Ibope na noite deste sábado, quaisquer que sejam os números, já não terá tanta força de influência e repercussão quanto teria na sexta. Com um detalhe: Vai deixar uma séria dúvida se houve ou não algum tipo de pressão do sócio Henrique no caso.

ESCASSEZ

Entre os bacuraus, na campanha do esposo de Laurita Arruda , é unânime que os dois maiores motivos de reclamações foram os compromissos e a equipe jurídica. Muitas promessas só cumpridas pela metade, sem falar nas sucessivas derrotas na Justiça Eleitoral.

CARÃO

O juiz federal Marco Bruno, que durante esta campanha recebeu uma ligação do candidato Henrique Alves reclamando de uma multa que ele tinha aplicado ao deputado, revogou na manhã de hoje, uma sentença de direito de resposta que ele mesmo tinha deferido contra o jornal Tribuna do Norte.

FORÇA

Sem falar que o juiz federal Marco Bruno foi o mesmo que aplicou três minutos de direito de resposta contra o programa do candidato Robinson Faria no final do primeiro turno dessas eleições.

MENOR

A campanha chega ao fim. Independente do resultado das urnas, o deputado Henrique Alves chega sai bem menor do que entrou. Montou uma megaestrutura partidária e financeira, considerada imbatível sob a ótica tradicional da política potiguar. Perde sua senadora no primeiro turno e viu seu adversário começar o segundo turno na dianteira.

BAIXARIA

Henrique começou a campanha em tom maior, como se estadista representasse, em pose de magistrado de um pleito quase sem disputa. Diante disso, sugeriu que todos mantivessem o nível propositivo nos discursos e que elevassem a campanha e ficassem longe dos ataques. Tudo encenação. O teatro não resistiu ao resultado da primeira pesquisa.

MAGISTRADO

Henrique começou com pose de magistrado, acima das querelas miúdas da politicagem; terminou sendo chamado de mentiroso por um magistrado de verdade, justamente por usar e abusar do que há de menor e mais sujo em campanhas eleitorais: o lixo da mentira.

LAMA

O pior de uma campanha eleitoral é o envolvimento emocional e comprometido. Pessoas consideradas esclarecidas, cuja postura anterior ao pleito era de equilíbrio, tomam partido de uma forma raivosa e se deixam levar ao caminho do lamaçal da mentirada que às vezes a campanha escolhe. Sujam-se pela conveniência e pela conivência com a lama de seu candidato. Sujeira que compromete a imagem para o futuro.

GRANA

Sherloquinho acordou a sexta-feira com a informação de que o dinheiro chegou para uma determinada campanha. As verdinhas já estão sendo distribuídas em Natal e no interior. O objetivo é usar o dinheiro para comprar votos no dia. O preço do eleitor do dia foi estipulado em R$ 100,00.  A PF e o MPF precisam ficar de olhos abertos.

CRIME

Circulam informações que a compra de votos acontece justamente deste sábado para o domingo; especialmente nas menores cidades, onde a fiscalização é ausente ou precária.

PARTIDO

A revista Veja antecipou a edição com a suposta bomba do depoimento do doleiro Yousseff a respeito da participação de Lula e Dilma nas falcatruas da Petrobras. Ficou clara a intenção da revista em influenciar o eleitorado contra a reeleição de Dilma.

DESCULPA

Por outro lado, nem o PT nem a presidente, podem culpar a revista pelo esquema de corrupção que se instalou na Petrobras. Também não é admissível que vândalos criminosos tentem destruir a sede da editora Abril, que edita a revista Veja.

INTOLERÂNCIA

O povo de Aécio, em carreata neste sábado pela manhã, aplaudiu a revista Veja, que traz a reportagem do esquema da Petrobras. Enquanto isso, petistas queimaram exemplares da revista em protesto. O que não pode é haver intolerância; nem de um lado, nem do outro.