COLUNA DO JORNALISTA TÚLIO LEMOS DO JORNAL DE HOJE

O último debate da campanha entre os candidatos, realizado pela TV Cabugi, era aguardado como última possibilidade de reversão do quadro ou de consolidação da superioridade numérica de Robinson diante de Henrique. Já disse antes aqui que qualquer candidato entrar e sair inteiro do debate, sem desmoralização ou grave deslize, já é uma vitória.
BLOCOS
O debate foi curto, dividido apenas em dois blocos de confronto direto e um de considerações finais. Robinson atacou primeiro e ‘ganhou’ o primeiro bloco, deixando Henrique acuado e na defensiva. No segundo bloco, Henrique se recuperou e equilibrou o confronto. No terceiro, apenas pedido de voto dos dois.
AVALIAÇÃO
Todo mundo sabe da superioridade retórica de Henrique Alves, aperfeiçoada ao longo de quase 50 anos. A autoconfiança talvez tenha provocado a baixa da guarda, o que permitiu que o adversário o atingisse sem chance de recuperação.
CONCLUSÃO
A rejeição a Henrique é seu maior problema. Porém, nem todo mundo que rejeita Henrique, vota em Robinson de forma automática. Com a polarização da disputa, o eleitor que rejeita o marido de Laurita, quer derrotá-lo mas precisava de pelo menos um motivo que justificasse o voto em Robinson. O debate forneceu esse motivo.
MADEIRA
No primeiro turno, o professor Robério Paulino disse que Henrique era ‘cara de pau’ e que deveria tomar um banho com óleo de peroba. Ontem, Robinson relembrou Robério e disse que Henrique era ‘cara de pau’. O gêmeo de Ana Catarina pediu direito de resposta.
NEGATIVO
O direito de resposta solicitado por Henrique em sua própria emissora foi negado. Ou seja: Para a TV Cabugi, não é ofensa chamar Henrique de cara de pau. Tá liberado. Mas, se algum funcionário quiser usar esse ‘direito’ é bom ter cuidado. Ta liberado só para candidato em debate.
FELICIDADE
Hoje pela manhã, Henrique Alves reuniu os deputados eleitos por sua coligação. Alguns andavam insatisfeitos com a campanha; reclamavam da ausência de cumprimento de compromisso. Porém, depois da reunião de hoje, tudo mudou. A turma saiu com sorriso de orelha a orelha; era uma felicidade só. Parece que os compromissos foram todos cumpridos.
SAÚDE
Nos últimos dias, a campanha de Henrique tem batido forte na situação da saúde pública no RN. O próprio candidato faz questão de chamar de caos instalado o setor na atual gestão. Ele fala a verdade. O problema é que o atual secretário, Luiz Roberto Fonseca, foi indicado por Henrique, José Agripino e Garibaldi Filho para ser o titular da pasta no Governo Rosalba Ciarlini.
CONFIANÇA
A ex-governadora Wilma de Faria disse a seguinte frase em um comício: “Peço aos que confiam em mim, que votem em Henrique”. Um gaiato, após ouvir o apelo da mãe de Lauro, exclamou: “Vixi, agora Henrique ta lascado”.
PERMUTA
A polêmica dos apartamentos de Robinson Faria, permutados com uma construtora do Minha Casa, Minha Vida, fez com que o ex-vereador Renato Dantas relembrasse uma situação semelhante, com algumas diferenças. Aliás, Renato foi casado com uma sobrinha de Henrique. Ele conta a história a seguir:
CABUGI
O texto de Renato Dantas: “Eu não sou tão velho, mas fiquei sabendo que Aluízio Alves quando foi governador, em 1960, doou um terreno para Rádio Cabugi, que por sinal ele era o proprietário.. Ou seja, ele doou um terreno público pra ele mesmo..Neste terreno por muitos anos funcionou os transmissores da rádio. Natal cresceu e o terreno foi se valorizando e os transmissores da Rádio Cabugi foi transferido para Zona Norte onde hoje funciona o Norte Shopping”.
TERRENO
Segue o texto do ex-genro de Ana Catarina: “O terreno que o governador, Aluízio Alves, pai do candidato a governador, Henrique Alves, doou a ele mesmo, depois da retirada dos transmissores, deveria ter voltado ao patrimônio público. Mas, não voltou. O pai de Henrique Alves, com o crescimento da cidade resolveu ganhar dinheiro com o imóvel de origem publica”.
APARTAMENTOS
Renato complementa: “O que o pai de Henrique Alves fez? Fez exatamente o que o candidato a governador, Robinson Faria fez no terreno de Parnamirim, permutando o terreno por apartamentos construídos. Assim a família Alves recebeu vários apartamentos nos edifícios, Residencial Cabugi e no Edifício Jacumã, ambos construídos na margem direita da BR 101, quase defronte ao Campus Universitário e colados com o prédio da TV Cabugi na rua Libânia Pereira Galvão, vizinho ao Centro Administrativo do Governo do Estado, onde o terreno Aluízio desmembrou pra ele mesmo”.
DIFERENÇA
Renato Dantas conclui: “A diferença do terreno de Robinson para o terreno de Henrique Alves são duas:
A primeira, que Robinson deu uma destinação social ao terreno em Parnamirim para ser construídos imóveis populares, enquanto o terreno de Henrique Alves serviu para construir apartamento para classe média de Natal…
A segunda diferença, é o fato do terreno de Robinson ser fruto do trabalho de seus pais, empresário, Osmundo Farias e Dona Jane Mesquita Faria, de quem Robinson herdou, enquanto o terreno dos Alves foi fruto de uma doação do então governador, Aluízio, pra ele mesmo e sua família”.

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