O cenário fiscal brasileiro preocupa especialistas e entidades oficiais. Segundo reportagem publicada no portal 96 FM Natal, o governo Lula tem aumentado os gastos em ritmo superior ao crescimento da arrecadação. Desde o início do terceiro mandato, a receita líquida da União cresceu R$ 191,3 bilhões, mas as despesas aumentaram ainda mais: R$ 344 bilhões no mesmo período.
Em 2024, a previsão de arrecadação é de R$ 2,318 trilhões, enquanto os gastos devem atingir R$ 2,415 trilhões. O resultado é um déficit primário de aproximadamente R$ 180 bilhões, o que equivale a 0,77% do Produto Interno Bruto (PIB).
A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado Federal, já alerta para a possibilidade de um colapso nas contas públicas a partir de 2027, com risco de “apagão” na administração federal. Isso significaria falta de recursos até para manter serviços básicos como luz, internet, combustíveis e salários.
Principais fatores que pressionam os gastos públicos:
- Uso intensificado do Fundo Social do pré-sal: R$ 74 bilhões em 2024, quase o triplo do valor usado em 2023;
- Programas fora do orçamento primário, como Pé de Meia e Desenrola Brasil, com despesas R$ 59 bilhões acima da média histórica;
- Regras constitucionais de vinculação que obrigam aumento automático de despesas com saúde e educação;
- Previdência Social e BPC, que crescem com o reajuste do salário mínimo acima da inflação.
O novo arcabouço fiscal, criado em 2023 para substituir o teto de gastos, permite aumento real de despesas limitado a até 70% da arrecadação extra. No entanto, as metas de zerar o déficit até 2024 e alcançar superávits em 2025 e 2026 já são consideradas inviáveis por parte do próprio governo.
A reportagem completa pode ser lida no site da 96 FM Natal, com o título: "Governo Lula gasta quase o dobro do que arrecada e país pode 'travar' em 2027".
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