O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta terça-feira, um ofício protocolado pelo Movimento Mulheres Negras Decidem (MND), que defende que a vaga deixada por Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF) seja ocupada por uma mulher negra.
O documento apresenta nove nomes de juristas com sólida trajetória na defesa dos direitos humanos e na luta por justiça racial — todas com reconhecida atuação no meio jurídico e social.
A manifestação ocorre em meio às articulações políticas que apontam o atual ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, como o favorito de Lula para o cargo — o que, caso confirmado, representaria a escolha de mais um homem branco para compor a Corte.
Entre os nomes sugeridos estão:
- Adriana Cruz – Juíza titular da 5ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, reconhecida por sua atuação em casos de corrupção e lavagem de dinheiro, com ampla experiência no combate ao crime organizado.
- Edilene Lobo – Ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2023, doutora em Direito pela PUC Minas e primeira mulher negra a integrar a Corte.
- Flávia Martins Carvalho – Juíza auxiliar no STF, especialista em controle de constitucionalidade e políticas judiciárias, com foco na efetividade dos direitos fundamentais.
- Karen Luise – Juíza do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), referência na luta antirracista no Judiciário.
- Lívia Casseres – Defensora pública e coordenadora-geral de Justiça Étnico-Racial da Senad, com atuação destacada no enfrentamento ao encarceramento em massa.
- Lívia Sant’Anna Vaz – Promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia, especialista em direitos humanos e gênero, atuante no combate ao racismo institucional.
- Sheila de Carvalho – Advogada e secretária nacional de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça, com trajetória ligada à Coalizão Negra por Direitos.
- Soraia Mendes – Jurista, advogada e professora, com reconhecida produção acadêmica e atuação junto ao STF e à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
- Vera Lúcia Santana Araújo – Ministra substituta do TSE e fundadora da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), com longa atuação na defesa dos direitos humanos e eleitorais.
Fonte: Lauro Jardim
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