Banqueiros e autoridades de Brasília afirmam ter recebido informações de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria pressionado o Banco Central a adotar medidas favoráveis ao Banco Master, além de demonstrar interesse direto no andamento das investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).
Segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, relatos apontam que o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, teria comunicado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação, ouvindo como resposta que tomasse “as providências necessárias”. Procurado, Rodrigues negou a informação e afirmou que jamais tratou do caso com Moraes ou com o presidente da República.
Em nota, o STF informou que Alexandre de Moraes nega qualquer tentativa de interferência. O ministro afirmou que se reuniu com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, apenas para discutir os efeitos das sanções impostas a ele pela Lei Magnitsky, descartando ligações telefônicas ou conversas sobre o Banco Master.
A polêmica ganhou força após reportagem da colunista Malu Gaspar, de O Globo, relatar que Moraes teria feito contatos com Galípolo para tratar da possível venda do Banco Master ao BRB. O Banco Central confirmou apenas a realização de reuniões relacionadas à Lei Magnitsky, sem comentar outros temas.
O caso chama atenção também pelo fato de que a esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, é advogada do Banco Master. O escritório ao qual ela pertence mantém contrato de R$ 129 milhões com a instituição financeira. Em novembro, a Polícia Federal prendeu o presidente do banco, Gabriel Vorcaro, e o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master.
Fonte: Blog do BG, com informações da Folha de S. Paulo, O Globo e Metrópoles
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