Em apenas quatro dias, duas pesquisas eleitorais para o Governo do Rio Grande do Norte apresentaram resultados drasticamente diferentes, gerando questionamentos sobre a confiabilidade dos números divulgados.
A pesquisa Consult, divulgada na quinta-feira, 11 de dezembro, apontou o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União Brasil), com 30,47% das intenções de voto, seguido pelo senador Rogério Marinho (PL), com 28,76%. A diferença entre os dois foi de apenas 1,71%, configurando empate técnico dentro da margem de erro de 2,3 pontos percentuais.
Já a pesquisa TS2, divulgada na segunda-feira, 15 de dezembro, mostrou Allyson com 38,6%, contra 19% de Rogério, uma diferença de 19,6%.
O intervalo de quatro dias evidencia resultados extremamente conflitantes. Apesar de serem institutos diferentes, com metodologias distintas, a disparidade dos números levanta dúvidas sobre a confiabilidade das pesquisas. O sentimento que se transmite é de que alguns institutos podem estar “vendendo números” de acordo com interesses específicos.
Há casos de institutos que sequer enviam pesquisadores às ruas, preferindo tabular resultados em programas de computador de acordo com encomendas. Em seguida, escolhem um canal de comunicação para divulgar a pesquisa “em primeira mão”, com equipes prontas para repercutir os resultados.
É importante lembrar que manipular pesquisas é crime previsto na Lei das Eleições, com pena de 6 meses a 1 ano de detenção e multa. No entanto, enquanto não houver punições mais severas, a prática pode continuar, com tentativas de induzir o chamado “voto útil” para beneficiar determinados candidatos.
Para mais detalhes, acesse o Blog do Robson Pires.
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