O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (2) que já pediu desculpas à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro após a crise interna provocada pelas declarações dela sobre o apoio do PL à possível candidatura de Ciro Gomes (PSDB-CE) ao governo do Ceará.
Segundo Flávio, o gesto foi feito antes de uma reunião marcada no partido para discutir a condução conjunta de futuras decisões. O parlamentar afirmou que se encontrou com Jair Bolsonaro — preso desde 22 de novembro na Superintendência da Polícia Federal — e comunicou que o conflito com Michelle havia sido amenizado.
“Eu falei para ele [Jair Bolsonaro] que já me resolvi com a Michelle, que pedi desculpas a ela e ela também. A gente vai ter uma reunião hoje no PL pra gente criar uma rotina de tomar as decisões em conjunto”, declarou.
Flávio avaliou o episódio de forma positiva, argumentando que divergências internas devem resultar em decisões “mais conscientes” dentro do partido. Ele ainda destacou a relevância política de Michelle: “Ela virou uma referência no país inteiro, uma mulher respeitada, que tem um papel muito importante nesse momento no Brasil.”
A crise teve início no último final de semana, quando Michelle criticou a aliança do PL com Ciro Gomes. Ela elogiou nomes como André Fernandes, Nikolas Ferreira e Carmelo Neto, mas rejeitou a aproximação com o ex-ministro, conhecido pelas duras críticas a Jair Bolsonaro nos últimos anos. “Fazer aliança com um homem que é contra o maior líder da direita? Isso não dá!”, afirmou.
As declarações provocaram reação de dois dos enteados de Michelle. Flávio classificou a fala da ex-primeira-dama como “autoritária e constrangedora”. Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, chamou o episódio de “injusto” e “desrespeitoso”, reforçando que a decisão sobre Ciro era “definida” pelo ex-presidente.
REUNIÃO NO PL DEVE DISCUTIR APOIO A CIRO GOMES
Ainda nesta terça-feira, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, deve se reunir com Michelle Bolsonaro e os filhos do ex-presidente. O encontro será o primeiro após Jair Bolsonaro começar a cumprir pena de 27 anos e 3 meses por suposta participação em um plano de golpe de Estado.
Segundo Flávio, é nesta reunião que será definida a posição sobre o apoio a Ciro Gomes. A decisão, afirma ele, será submetida ao aval de Jair Bolsonaro: “Não tem decisão tomada em lugar nenhum. Os cenários vão ser decididos com ele [Bolsonaro], de preferência saindo da boca dele quais são as decisões.”
Fonte: CNN Brasil
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