O Banco do Brasil atravessa um dos momentos mais delicados de sua história recente. Segundo matéria publicada no Blog do BG, o lucro líquido do banco no segundo trimestre de 2025 caiu 66% em relação ao mesmo período do ano anterior, a segunda queda consecutiva nos resultados.
A inadimplência no setor do agronegócio subiu para 3,5%, o pior índice desde a pandemia, e os empréstimos não produtivos (NPL) chegaram a R$ 12,5 bilhões, quase o dobro do registrado em 2020. Apenas no primeiro semestre, o banco estimou perdas na carteira de crédito próximas a R$ 20 bilhões.
A estimativa de lucro para 2025, que em fevereiro variava entre R$ 37 e 41 bilhões, foi drasticamente reduzida para no máximo R$ 25 bilhões. Em meio a esse cenário, as ações BBAS3 chegaram a despencar mais de 30% em maio, após divulgação dos resultados do primeiro trimestre.
Fontes internacionais também confirmam a gravidade do quadro. De acordo com a Reuters, o lucro líquido ajustado do 2º trimestre foi de R$ 3,8 bilhões, queda de 60% e abaixo das expectativas de mercado. O retorno sobre o patrimônio (ROE) despencou para 8,4%, frente a 21,6% um ano antes. Além disso, a distribuição de dividendos foi reduzida de 40–45% para apenas 30% do lucro, e a projeção de crescimento da carteira de crédito foi revista para 3–6%, em vez dos 5,5–9,5% anteriores.
O futuro do banco ainda é incerto, mas os sinais de alerta estão dados: queda no lucro, revisão das metas, inadimplência em alta e perda de confiança no mercado.
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