Indicados ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os ministros André Mendonça e Nunes Marques entraram em cena para ajudar na aprovação de Jorge Messias — escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mendonça já iniciou interlocuções com senadores, especialmente da bancada evangélica, para tentar diminuir a resistência ao nome de Messias. Além da afinidade religiosa, ambos compartilham um histórico de carreira na AGU (Advocacia-Geral da União).
Nunes Marques também tem atuado em favor do indicado, porém de forma mais discreta. Ele acionou pessoas próximas para reforçar a imagem de Messias e deve agir diretamente no Senado caso as dificuldades do AGU se intensifiquem.
Segundo relatos, os ministros afirmam que, apesar de ser advogado-geral da União no governo Lula e ter ocupado cargos jurídicos durante o governo Dilma Rousseff, Messias não integra a chamada “militância petista clássica”.
A avaliação de Mendonça e Marques é de que, uma vez empossado, Messias tende a se desvincular rapidamente do presidente que o indicou, mantendo postura técnica no STF.
Os ministros também indicam que a chegada de Messias poderia fortalecer a ala mais conservadora do tribunal nas chamadas “pautas de costumes”, como aborto e drogas. Nesse ponto, Messias representaria uma “virada de chave” em relação ao seu antecessor, Luís Roberto Barroso, aposentado em outubro.
Desde sua indicação, Messias tem percorrido gabinetes no Senado em busca de apoio — prática tradicional entre indicados ao Supremo. Sua sabatina está prevista para o dia 10 de dezembro.
📌 Fonte: CNN Brasil
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