Em artigo publicado nesta terça-feira (23) no Blog do BG, com base na coluna do jornalista Cláudio Humberto, foi destacada uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tem gerado polêmica. Durante pronunciamento recente, Lula chamou seus opositores de “traidores da pátria”, em uma retórica que, segundo os autores, remete a estratégias típicas de regimes autoritários.
A crítica traça um paralelo entre a fala de Lula e o discurso adotado por Nicolás Maduro na Venezuela, que em 2013 chegou a lançar um canal telefônico para incentivar a população a denunciar supostos “traidores da pátria”. A comparação é usada para alertar sobre os perigos da criminalização da oposição e o uso político da narrativa de “traição nacional” para justificar endurecimento de regimes.
Apesar do tom duro, até o momento não há registro de ações concretas do governo brasileiro que configurem censura, perseguição institucional ou quebra da ordem democrática. O Congresso segue atuante, a imprensa continua livre e as instituições eleitorais mantêm sua independência.
Ainda assim, o uso da expressão “traidores da pátria” por parte do chefe do Executivo acende um sinal de alerta sobre o nível de agressividade no discurso político. Em democracias saudáveis, a crítica entre adversários é natural — mas quando passa a flertar com acusações de traição, sem base jurídica, o risco de polarização extrema e deslegitimação do contraditório aumenta.
Comentários
Postar um comentário