O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), solicitou ao Ministério da Justiça a extradição do ex-assessor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Eduardo Tagliaferro, acusado de vazar mensagens sigilosas do Supremo e da Corte Eleitoral.
PEDIDO DE EXTRADIÇÃO
O pedido foi feito em 14 de agosto, e o Ministério da Justiça informou que enviou a solicitação ao Itamaraty no dia 20 de agosto, para formalização junto ao governo da Itália.
DENÚNCIA DA PGR
Na última sexta-feira (22), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou denúncia contra Tagliaferro ao STF.
Segundo a acusação, ele cometeu crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A denúncia veio quatro meses após o indiciamento da PF (Polícia Federal), que apontou que o ex-assessor teria repassado informações à imprensa em abril de 2024.
ACUSAÇÕES
De acordo com Gonet, entre maio e agosto de 2024, Tagliaferro violou sigilo funcional ao revelar conversas sigilosas de servidores do STF e do TSE, onde atuava como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação.
A PGR sustenta que ele agiu em favor de uma organização criminosa responsável por espalhar notícias falsas contra a Justiça Eleitoral e por tramar a tentativa de golpe de Estado.
O procurador-geral ainda destacou que, em julho deste ano, já fora do Brasil, Tagliaferro ameaçou divulgar novas informações sigilosas, configurando crime de coação no curso do processo.
OUTRO LADO
A defesa de Eduardo Tagliaferro afirmou não se surpreender com a denúncia, classificando as acusações como perseguição. Disse que ele foi vítima de apreensão ilegal de celular e apenas confirmou informações já constantes nas mensagens.
A defesa também declarou que, à frente do gabinete de combate à desinformação do TSE, Tagliaferro teria recebido ordens que não poderia descumprir, razão pela qual fez diversos pedidos de exoneração.
Segundo os advogados, ele teme por sua vida, mas pretende revelar dados que, em suas palavras, “merecem ser analisados com rigor da lei para a moralização do país”.
📌 Fonte: CNN Brasil
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