A relação entre o governo Lula e os partidos aliados entrou em zona de turbulência. Com a proximidade das eleições de 2026, cresce nos bastidores de Brasília a insatisfação de siglas como PP, União Brasil, PSD, MDB e Republicanos, que hoje comandam 11 ministérios na Esplanada. A queixa é clara: falta de retorno político, articulação fraca e pouco espaço nas decisões estratégicas do governo.
Nos últimos dias, lideranças como ACM Neto (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP) intensificaram as críticas e passaram a defender publicamente que seus partidos deixem os ministérios ocupados. A avaliação é que não faz sentido seguir atrelados a um governo com o qual não pretendem estar alinhados nas próximas eleições presidenciais.
Além disso, há reclamações sobre a condução de políticas públicas, especialmente na área da segurança. Cresce a pressão para que o Ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Ricardo Lewandowski, seja dividido, como forma de dar mais foco ao combate à criminalidade.
A crise de articulação também respinga no PSB, aliado histórico do PT. Interlocutores da legenda reclamam da forma como foi conduzida a última reforma ministerial, especialmente no episódio envolvendo o ministro Márcio França.
Com dificuldades para manter a base coesa no Congresso e enfrentar uma queda na popularidade, o presidente Lula já admite ajustes. Ele tem feito cobranças mais duras por entregas e avalia mudanças na composição do governo para tentar conter o desgaste.
Enquanto isso, cresce a pressão por uma reforma ministerial mais ampla. O recado dos aliados é direto: ou o governo muda o rumo da articulação política ou pode perder apoio importante no Parlamento — e, com ele, a governabilidade.
Fonte: Blog do BG
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