A decisão do PT de se posicionar contra a chamada PEC da Blindagem provocou forte irritação no Centrão e já levanta preocupações de retaliação na Câmara dos Deputados.
A proposta, aprovada em primeiro turno, reforça prerrogativas parlamentares e dificulta a abertura de processos e prisões contra deputados e senadores. O voto contrário do PT, porém, abriu uma crise política.
Líderes do Centrão avaliam usar a votação de urgência do projeto que concede anistia a envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 como forma de “dar o troco” ao governo. Há receio, inclusive, de impactos sobre outras pautas sensíveis, como a MP do Setor Elétrico, que reduz a conta de luz e pode caducar caso não seja votada.
Segundo o Blog do BG, a pesquisa Genial/Quaest mostra que 41% da população é contra qualquer anistia, enquanto 36% apoiam a anistia total, incluindo Jair Bolsonaro. Outros 10% aceitariam anistia apenas para os manifestantes, e 13% não souberam ou não responderam.
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ressaltou que a PEC não deve ser tratada como pauta do Executivo, por se tratar de emenda constitucional, cujo processo não envolve veto presidencial.
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